Dias se passaram até que eu resolvi sentar-me para redigir este texto. Do que se trata nem eu mesmo sei; minha única certeza é a de que preciso externar algumas sensações recônditas que me atordoam, ou pelo menos tentar elucidá-las. Talvez tudo não passe de um mero devaneio. Idéias que se chocam, dúvidas que parecem estar longe de um esclarecimento. Estes são apenas alguns dos componentes desse meu pensamento fértil.
Recorro a Manoel de Barros, o poeta que se paisageia, ou será a paisagem que se manoeliza? É difícil chegar a um consenso sobre isso. Mas recorro ao poeta que escreve embasado na essência das coisas pelo fato de eu suspeitar que as respostas para as minhas indagações também residam no embrião delas mesmas.
O problema é que, antes de buscar por soluções, encarrego-me de expressar meus delírios em palavras, e esta é uma missão não menos árdua. Na verdade, não sei se isso realmente caracteriza um problema, mas o faço porque, enquanto ser social, necessito de interagir em um contexto. Para isso, valho-me do meu discurso. Há todo um universo sígnico pelo qual posso me expressar, mas, ainda assim, opto pela palavra escrita.
Se, para Manoel de Barros, o poema é o lugar onde a gente pode afirmar que o delírio é uma sensatez, estendo essa premissa a toda forma de expressão que o artista julgar mais apropriada à sua arte. Desse modo, garante-se maior liberdade àqueles que se identificam com um ou outro estilo. Se no final das contas chegarei a uma solução para minha dúvida inicial eu não sei. A única resposta a que pude chegar até agora é que todo esse desabafo representa, no mínimo, o prelúdio daquilo que estou à procura. Quem sabe, para minha surpresa, tudo não se restrinja a uma simples experiência estética? Isso só o tempo dirá...
Recorro a Manoel de Barros, o poeta que se paisageia, ou será a paisagem que se manoeliza? É difícil chegar a um consenso sobre isso. Mas recorro ao poeta que escreve embasado na essência das coisas pelo fato de eu suspeitar que as respostas para as minhas indagações também residam no embrião delas mesmas.
O problema é que, antes de buscar por soluções, encarrego-me de expressar meus delírios em palavras, e esta é uma missão não menos árdua. Na verdade, não sei se isso realmente caracteriza um problema, mas o faço porque, enquanto ser social, necessito de interagir em um contexto. Para isso, valho-me do meu discurso. Há todo um universo sígnico pelo qual posso me expressar, mas, ainda assim, opto pela palavra escrita.
Se, para Manoel de Barros, o poema é o lugar onde a gente pode afirmar que o delírio é uma sensatez, estendo essa premissa a toda forma de expressão que o artista julgar mais apropriada à sua arte. Desse modo, garante-se maior liberdade àqueles que se identificam com um ou outro estilo. Se no final das contas chegarei a uma solução para minha dúvida inicial eu não sei. A única resposta a que pude chegar até agora é que todo esse desabafo representa, no mínimo, o prelúdio daquilo que estou à procura. Quem sabe, para minha surpresa, tudo não se restrinja a uma simples experiência estética? Isso só o tempo dirá...
2 comentários:
Não sei o que é, mas parece que o narrador deste seu texto é alguém que dialoga comigo, desde a primeira vez que o li.
Confesso que nunca tinha desejo de ler Manoel de Barros, mas depois desta leitura, ele apareceu.
Sem mais comentários, pois o texto está SENSACIONAL!
Abraço,
Rennan
um belo texto, gusta, me fez lembrar de um verso do legião urbana: "quero me encontrar mas não sei onde estou..."
abraço,
rey.
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