quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Temos que rir!


Li uma entrevista da Clarah Averbuck num site. Sobre as respostas prefiro não emitir juízo de valor. Quem quiser conferir, o link é http://www.osarmenios.com.br/?p=2198
O que achei interessante, a ponto de destacar no meu blog, foi o comentário infeliz de uma garota a respeito da entrevista. Não preciso nem continuar a zuar, pois o comentário que postaram em seguida já fala por mim.

Clarah é simplesmente GENIAL!escreve o que quer, sem se preocupar com o que os outros vão falar, achar. se importar!os textos dela é FODA!em grande parte fala por mim, algumas coisas tem sentido só pra ela, mais basta.
Os livros são muito bom, vale a pena ler. é viciante!
Adoreeeiiii!
25/10/2007 09:06 por
Ferziinhah

Ferziiinhah analfa!
25/10/2007 10:53 por
Eskarina

domingo, 21 de outubro de 2007

Reflexão

As críticas realmente são inevitáveis. Agora, aceitar críticas é diferente de tolerar escárnios. A partir do momento em que se produz um texto, ele não pertence somente ao autor; pertence a qualquer um, inclusive a quem possivelmente o conteste. Ao contrário do que se pensa, a abertura para sugestões e julgamentos às minhas produções sempre foi uma constante no meu dia-a-dia. Entretanto, dizer que um olhar foi interpretado com proporções gigantescas e errôneas é um dado que não procede. Esta forma de manifestação tem o poder de se exprimir na medida exata, nem mais nem menos. Portanto, se algo foi dito simbolicamente sem a intenção de atingir tamanha proporção é porque assim pensava o seu emissor. Isso pra mim é indiscutível: o olhar não engana. Como eu mesmo já disse, pra viver às vezes eu finjo, pra escrever isso já não é possível. Talvez, por isso, um certo narcisismo acrescido de um senso de perfeição possa ter soado como uma verdade a meu respeito. Isso também, confesso, não passa de um sofisma. A cada dia que passa tomo mais ciência daquilo que desconheço. Já cansei de bater com a cabeça no limite do estreito cerco de conhecimento que possuo. Logo, se em algumas ocasiões me considero acima do bem e do mau, é apenas uma forma de maquiar o complexo de irracionalidade que toma conta de mim na maior parte do tempo. Bom, só me esforcei para escrever isso aqui porque me senti na obrigação de dar um parecer a respeito do acontecido. No entanto, não acredito que cheguemos a um consenso em relação às nossas opiniões. Só acredito em um descanso profundo desse clima tenso que passou a permear o nosso cotidiano. Bandeira branca a partir de agora!

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Realmente D-I-F-Í-C-I-L

Difícil? É, talvez. Tanta coisa pode receber este adjetivo, por que não nós mesmos sermos classificados como tal? Ao invés de ver isso como algo insólito, vejo com naturalidade. O que não vejo como natural é um olhar sarcástico carregado de juízo de valor que por si só já diz o suficiente. Pior ainda é quando esse olhar parte de alguém especial. Outra coisa que não vejo como natural é um comentário aparentemente inocente, mas que traz consigo um desdém descomunal. Coisas assim costumam ser imperceptíveis num primeiro momento. Entretanto, sob olhar atento, é possível perceber a real dimensão daquilo que é dito, ou até mesmo daquilo que não é dito. Isso é verdade, acreditem. Um olhar acurado não proporciona somente boas fotos. Ele nos permite muito mais do que isso. Através dele, é possível enxergar pela janela da alma e, então, a visão que se tem pode não ser muito agradável. Portanto, se algo parece incompreensível à primeira vista, atribua-lhe significados próprios. Busque atalhos, trilhas ou até mesmo estradas no interior das narrativas ao invés de ironizar pelos cantos um trabalho que para alguém em algum lugar possa ter um valor maior. E, se ainda assim essa estratégia não funcionar, partamos para um diálogo franco e aberto, sem metáforas ou omissões. Essa sim pode ser uma maneira de tornar a vida um pouco mais fácil, já que o adjetivo DIFÍCIL costuma causar um pouco de incômodo àqueles que tanto o ironizam.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Aos meus amigos

“Ihhhhh, mas que discurso mais niilista é o desse blog!” Acho que esta página pode ter passado essa idéia ou algo semelhante a quem tenha visitado. Se até eu, que sou o autor dos textos aqui publicados, cheguei a pensar nisso, imaginem vocês que têm o poder de trilhar por caminhos até mesmo desconhecidos por mim, conforme já foi escrito num dos textos meus. Então, deixando de lado o estilo Augusto dos Anjos de escrever, vamos nos ater às coisas boas da vida pelo menos por alguns instantes. Que tal relembrar algumas manchetes hilariantes do saudoso NP (Jornal Notícias Populares)? “Brocha torra o pênis na tomada”, “Morreu gemendo na ponta da peixeira”, “Bebeu sangue com AIDS pensando que era iogurte” e aquela que rendeu semanas e mais semanas de gargalhadas: “Nasce o diabo em São Paulo”. Melhor que isso, ou tão bom quanto, é ver alguém tropeçar ou até mesmo cair perto de nós na rua e termos que segurar o riso para não ficarmos mais sem graça do que o próprio acidentado. É, eu sei que muitas vezes isso não é possível; segurar o riso não é uma tarefa fácil. Essas situações são embaraçosas! Ainda não podemos esquecer daqueles encontros mais inesperados com os amigos que rendem horas intermináveis de distração e puro bem estar. Por exemplo, quem diria que uma pizza entre amigos na casa de uma colega às 4 da tarde culminaria em diversão pura às 4 da madrugada em outro lugar que não tenha sequer sido cogitado? E assim é a vida... E assim somos nós, flaneurs, privilegiados por um olhar único, que nos permite enxergar para além das coisas e reconhecer o verdadeiro valor de estarmos juntos a cada dia.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

"Mundo mundo vasto mundo..." (Drummond)

Pra viver às vezes eu finjo. Pra escrever isso já não é possível. No dia-a-dia eu finjo que não vejo, não sinto e não ligo pra uma série de coisas que, no fundo, vão se acumulando até se transformarem num texto como esse. Não vou dizer que é bom juntar essas “tralhas” sempre só pra, de vez em quando, escrever alguma coisa. Mas é inspirador, isso eu não posso negar. Funciona como um lexotan em meio a um conflito emocional que parece estar a cada dia mais longe do fim. Vai ver que é por isso que vez ou outra fico meio aéreo ou mesmo sério demais. São as idéias tomando seus devidos lugares nessa massa cinzenta até que o meu ócio me permita transcreve-las. Tarefa difícil essa também. Mas é prazeroso. E assim vivo nessa interminável antítese, intolerante com meus pensamentos, descrente das relações pessoais que construo, porém sinto-me um pouco privilegiado por ter sempre temas instigantes como a minha própria inquietação para engendrar a minha escrita diária. Será que alguém é normal o suficiente pra horrorizar com o que está escrito aqui ou sou eu meu mesmo um perfeito estranho no meu próprio mundo?